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A observação como estratégia para o aprendizado

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A educação, a maneira de portar-se em público. O sentar-se à mesa. A forma de responder as perguntas que nos fazem.

A conveniência das atitudes, tudo deve ser parte da educação e não se trata de educação formal que se adquire nos bancos escolares. Também nem tudo, e às vezes nada, se aprende com a família, na educação em casa. Há pessoas que nunca tiverem um lar que lhes proporcionasse esse aprendizado, ou porque nunca deram relevância e esses ensinamentos; porque não tiveram tempo ou preocupação com isso.

Mesmo quem não teve acesso a esses ensinamentos, se comporta de forma exemplar. Diferente de quem aprendeu com alguém, essas pessoas sempre foram observadoras. Criaram-se observando o comportamento de todos com quantos conviveram. Aprenderam que as respostas intempestivas, mesmo às perguntas provocativas, podem ser inadequadas. Sendo inadequadas, podem criar situações indesejadas e, às vezes, com repercussões fora do âmbito restrito. Isso vale para qualquer situação que se possa imaginar.

Imaginemos no campo das relações humanas e nas relações políticas, já que estamos em meio às eleições e no âmbito do governo federal com algumas contradições de comportamento de alguns membros do governo. Nessas eleições municipais, se observarmos com atenção, tudo o que foi dito pelos candidatos, majoritários ou proporcionais, muito nos foi ensinado; pelo menos a não agir como a maioria dos candidatos.

Nesses casos não se diga que os candidatos não aprenderam nada pela observação de comportamento de seus eleitores. A maioria deles subestima a inteligência de todos e, desorganizadamente, proferem absurdos que nem eles acreditam, mas imaginam que alguém possa dar ouvidos a essas bobagens e mentiras e possam sufragar seus nomes na urna. É puro oportunismo.

São raros os que, como observaram durante seus vários anos de política, direcionam seus discursos à realidade, mesmo que desfavorável às circunstâncias. Esses certamente terão dificuldade em se eleger, mas pelo menos estão sendo honestos.

Quando no poder, com a responsabilidade legitimada pelo voto, como não aprenderam a observar para depois agir, acabam tropeçando nas palavras e atitudes e criando para eles próprios situação incômoda. Não se pode ameaçar os Estados Unidos com pólvora porque, além de se constituir numa bravata, serve de piada. O vice, general Mourão, de outra forma, apresenta respostas pensadas, articuladas, fruto da observação dos fatos e das pessoas. Assim consegue apagar muitos incêndios nas palavras e respostas intempestivas. Impensadas. Inadequadas.

Sem observação de todos os fatos e pessoas para adequar sua linguagem, às vezes atrapalha. É por isso que se diz que a boa formação intelectual não tem relação com o comportamento. Às vezes alguém inculto toma atitudes muitos mais sensatas e adequadas porque passou a vida inteira observando e fazendo disso um aprendizado. Há quem não aprenda, nem pela observação, nem pela educação formal. Para esses, não tem solução.

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